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A Prefeitura de Porto Seguro parece ter inventado uma nova modalidade de atração turística: o “safári aquático urbano”, a qual o secretário de Esportes Helio de Paula, o mais babão  de todos os babões, segundo informações,   já pensa até  em incluir na programação da sua pasta . Funciona assim: basta chover, e as ruas no entorno dos hotéis La Torre e Coroa Vermelha viram um conjunto de piscinas públicas. É um programa completo — gratuito, democrático e, claro, involuntário.

 

Não que alguém se surpreenda. Se o centro da cidade já é uma colcha de alagamentos,   buracos, mato e lixo para todos os gostos, por que diabos bairros mais distantes receberiam atenção? Só que aqui a coisa é um pouco pior — ou melhor, dependendo de quanto você gosta de ironia. Estamos falando de uma das áreas mais visitadas por turistas do Brasil, cartão-postal vendido em folhetos de agência de viagem. E a imagem que eles levam para casa é digna de documentário sobre enchentes na Idade Média.

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 A OFERTA DE LUIGI E DO COROA VERMELHA

 

O mais curioso é que a solução está na mesa do prefeito Jânio Natal  há tempos. Tanto o empresário Luigi Rotunno, do La Torre, quanto o proprietário do Coroa Vermelha já se ofereceram para pagar a pavimentação completa do entorno. Sim, pagar. Do próprio bolso. A única contrapartida seria a Prefeitura fazer a infraestrutura subterrânea — coisa que, convenhamos, é obrigação básica de qualquer administração. E o que fez a Prefeitura? Nada. Nem um tubo ou manilha— no sentido literal e figurado.

 

E por que faria agora, passada a eleição? Se não resolveram antes, quando pelo menos fingiam se importar, imagine agora. Os turistas que nadem. Os moradores que comprem botes infláveis para ir à padaria. E os estudantes que aprendam teletransporte, porque atravessar rua com água no joelho não consta do currículo escolar.

 

O resultado é um abaixo-assinado com 500 assinaturas implorando providências. Mas é claro que a atual gestão, em especial o vice prefeito Paulinho,  deve estar muito ocupada cuidando de prioridades maiores — como cortar fitas em inaugurações de obras alheias ou postar fotos em rede social, como se tudo estivesse funcionando normalmente, para o aplauso, é claro,  da claque dos sem noção. Porto Seguro, afinal, não é administrada; é abandonada com método. E com orgulho.

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