Tem gente especulando e tentando de todas as maneiras procurar entender o que levou o prefeito Jânio Natal a sumir da cidade tão logo foi reeleito. A explicação é lógica, simples e bastante estratégica. Isso por que, após ter prometido mundos e fundos aos seus eleitores, garantindo que Porto Seguro era gigante e que não poderia parar, sem mais recursos para seguir no mesmo ritmo de campanha, além dos vários acordos e promessas feitas às lideranças, sem poder cumprir sua palavra, o prefeito simplesmente saiu de cena e repassou o bastão ao seu vice, Paulinho.
Com seu planejado e bem pensado desaparecimento, Jânio consegue se livrar das cobranças, frita literalmente Paulinho – que certamente não tem poder para resolver muita coisa – e logo mais à frente deve reaparecer como o salvador da pátria novamente, na medida em que resolverá algumas coisas que lhe interessam.
Ao melhor estilo Maquiavel, seguindo provavelmente também os ensinamentos da “Arte da Guerra”, do chinês Zun Tsu, o prefeito está jogando exatamente o jogo que o levou a obter mais de 20.000 votos de diferença em relação à deputada Cláudia Oliveira, e que, certamente se tivesse sido eleita, já teria imprimido um novo ritmo administrativo à gestão municipal.
Quem não aprende por amor, aprende pela dor. Como diria Maquiavel, o mal se faz de uma vez e o bem aos poucos.